20 de out. de 2016

Fransciny Costa: Kublai Kan

O Diabo e Kublai Khan
 Lá estava o Diabo andando calmamente pelas planícies moribundas do submundo, eis que o demônio ouviu um chamado vindo da superfície, então o diabo foi ao encontro de um sujeito que havia falecido e que seria o próximo a ir para o inferno, chegando lá o demônio diz ao homem que lhe aguarda:
- Muito bem, então vamos?
- Vamos para onde?
- Bom você morreu e eu fui chamado para levá-lo.  
- Eu vou para onde?
- Para o lugar em que foi destinado, o submundo.
- Não, como assim? Por tudo que fiz pelo meu povo tenho que descansar nos campos, algo está errado!
- Nada está errado, senhor Kublai Khan você deve ir para o submundo você matou e mandou matar muitas pessoas inocentes em toda a Ásia.
- Mas, eu fiz isso da forma certa para manter o povo Mongol como a maior dinastia que já existiu na terra. Eu como o Khan dos Khans, irei descansar na mesma terra em que os meus ancestrais descansam e não serei parado por nenhuma besta celestial que me tire do meu caminho. Haverei de descansar sobre as planícies.   
- Então, você quer descansar onde seu pai e seu avô Gengis Khan, descansam?
- Isso mesmo, como você os conhece?
- Eu conheço as planícies da qual você fala realmente seus ancestrais repousam por lá. 
- Poderia me levar até eles?  
- Lógico que sim, lá você irá conhecer pessoas que possuem a mesma ambição, trajetória e com ideais megalomaníacos iguais aos seus, você ira adorar.
- Não, vejo a hora de compartilhar toda a grandiosidade do meu império e meus grandes ideais com essas pessoas, muito obrigado besta celestial por ajudar em meu caminho, você é muito mais agradável do que as pessoas dizem.
- Não foi nada, obrigado. E quem manda a vida ser uma ironia?
 E assim se observou o Demônio e Kublai Khan, como em uma cena de por do sol caminhando, conversando e rindo, até chegarem às planícies moribundas do inferno.    

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